Passeio ao Gerês – Pela Serra Abaixo!
Impressões de um dia bem passado! Pelo 8ºB
Para celebrar o Dia Mundial da Criança, a turma do 8º B, na companhia das professoras Sara Fernandes, Antónia Dias e Maria José Costa, foi em visita de estudo ao Gerês, desafiando todas as ameaças de S. Pedro e da meteorologia que ele governa.
A camioneta da Cohemato saiu da escola às 8 horas em ponto em direção a Braga e, passadas duas horas, depois de curvas e contracurvas, o Gerês estava à vista, fresco e húmido!
A caminhada começou logo a descer, primeiro, de forma suave e, depois, a pique pela Mata da Albergaria, com todos a escorregar e a bater com o traseiro, a apanhar com ramos molhados na cara e a saltitar entre pedras e fios de água, para não ensopar os pés. Uma animação, os gritinhos das meninas e a troça dos rapazes!
Quando os alunos e professoras chegaram a terra plana e olharam para trás e para cima, nem queriam acreditar que tinham descido tudo aquilo – primeiro, por causa da terrível inclinação e, segundo, porque, à vista, não havia qualquer caminho que mostrasse por onde tinham passado. Espantoso!
Nessa altura, a professora Sara revelou que a Mata de Albergaria é das poucas do país que nunca ardeu, pelo que é considerada uma jóia da Natureza e com toda a razão. Para além de já ter explicado como ler as indicações gravadas nas pedras para orientação dos caminhantes, mostrou também o que são mariolas, e realçou a importância de não se brincar com estas pedrinhas (destruindo ou acrescentando), para não levar ao engano os caminheiros. Estes pequenos montes de pedra, na realidade, são essenciais para garantir a segurança de quem percorre os trilhos das grandes serras. No passado, serviam de marcos de orientação para os pastores, sobretudo em condições atmosféricas difíceis como neve ou nevoeiro.
Também as Ciências se afirmaram com os alunos a responderem às perguntas da professora Maria Antónia, pois material não falta neste ambiente, para uma aula em cenário autêntico… E todos puderam maravilhar-se com a quantidade de líquenes presentes nos troncos, prova evidente da falta de poluição que caracteriza aquele espaço.
Depois de muita subida e descida, chegou a hora do almoço – em ambiente algo húmido, mas muito divertido e apetitoso. Porém, como não há bela sem senão, as mochilas voltaram às costas e as pernas ao caminho até à camioneta que a todos levou até à barragem de Vilarinho das Furnas, tão cheia de um lado e tão vazia do outro que até metia medo… principalmente, a quem vê os alunos mais ousados a arriscarem mais do que devem no que toca à sua segurança! Mas Nossa Senhora das Barragens existe e isso ficou provado!
A caminhada foi, então, retomada em direção à aldeia que ficou submersa com a subida das águas, aquando da construção da barragem. Extraordinário e um pouco nostálgico foi ver a quantidade de árvores com os troncos dentro de água e apenas as copas de fora, o que levou todos a imaginar as casas que estariam submersas. Da mesma forma se estranhou a quantidade de sapos mortos, secos, no caminho – certamente, príncipes que se cansaram de esperar pelos beijos das princesas do 8ºB!
E foi aí que o pessoal foi a banhos, numa enseada de água tão fresquinha que desencadeou a gritaria dos mais corajosos. E depois do lanche, recheado de jogos coletivos promovidos pela professora Sara, São Pedro achou que já era um abuso e ligou o sistema de rega por aspersão, acompanhado de trovões e relâmpagos. Aí, a caminhada ganhou novo alento e, em passo acelerado, empreendeu-se o caminho de volta. Mas foi relativamente pacífico: o céu só desabou quando todos estavam já a salvo na camioneta. No entanto, o dilúvio continuou quase até à Maia, o que não impediu uma paragem para comer gelados. A chegada a Leça fez-se com um sol glorioso, pelas 18 horas e qualquer coisa.
Um dia em grande, que faz com que se queira ser sempre criança!